Estádios

Campo do Derby
  
O Campo do Derby foi palco da primeira partida do Sport, evento bastante concorrido pela festa de inauguração deste clube, comparecendo crescido número de senhoritas e cavalheiros.

Constou o festival de uma partida de footboll no dia 22 de Junho do mesmo ano, às 14h, em que tomaram parte, sócios do Sport Club e do English Eleven. A partida foi bem jogada de ambas as partes, havendo um empate em 2x2. - Diário de Pernambuco (24/06/1905). Pelos comentários do Jornal do Recife, talvez o jornal que melhor tenha resumido o jogo, o Sport começou atacando e depois o English Eleven equilibrou, o campo do Derby estava cheio de lama, onde hoje é o campo da PMPE, o jogo foi assistido por famílias e animado pela banda da Polícia Militar.

Imagem da primeira Sede do Sport
 
 Primeira Sede
 
Em 1935, O Sport compra o terreno da sua sede. A data histórica é 29 de novembro e o preço pago pela então chamada "Chácara da Ilha do Retiro" foram 53 contos de Réis.

Campo da Avenida Malaquias - 1918
 
Campo da Avenida Malaquias, pertenceu ao Sport de 1918 até 1937, o primeiro estádio do clube rubro-negro, cuja arquibancada de madeira e ferro foi comprada junto ao Fluminense/RJ. O Sport jogou lá exatamente 235 vezes.
A estrutura do campo era de 75 metros de comprimento e 40 metros de largura – foi trazida de navio para o Recife. O Fluminense se desfez de seu antigo estádio após construir as Laranjeiras, que se tornou o maior do Brasil. Já o estádio leonino supriu uma grande carência do futebol pernambucano, que tinha apenas campos murados.
A área onde um dia existiu a velha casa rubro-negra hoje abriga o clube AABB. O Sport jogou pela primeira vez no Campo da Avenida Malaquias em 2 de junho de 1918, contra o Torre, pelo primeiro turno do Estadual. O Leão venceu por 4 x 3, com gols de Batista e Tobias (2 cada um).
Neste estádio o Sport também enfrentou a Seleção Brasileira, em 1934, quando foi derrotado pelo placar de 5 x 4.
Na imagem abaixo (de 1925), o destaque é a presença de carros estacionados na beira do campo. Naquela época, o futebol era um dos eventos sociais mais destacados do Recife.
Campo da Avenida Malaquias
Capacidade: 8.000 pessoas (sendo 2 mil sentadas)
Inauguração: América 3 x 1 Flamengo (do Recife), em 15 de maio de 1918
Recorde de público: 8 mil espectadores (década de 30)
Ilha do Retiro

 

 

 

 

 

 


Estádio: Adelmar Costa Carvalho
Data de Inauguração: 4 de Julho de 1937
Capacidade: 55.000 Pessoas (*2009) / *35.000 (Sentadas)
Dimensões: 105m x 78m
Público Recorde: 56.875 Torcedores (7 de Junho de 1998) Sport 2 x 0 Porto;
Recentemente foi considerado o melhor estádio de Pernambucano e o 16º a nível nacional, no Ranking dos Estádios Lance.

A compra da Ilha do Retiro foi um ato de coragem de um grupo formado por Francisco Cribari, José Médici, Renato Silveira, os irmãos Loyo e outros abnegados. Há muito tempo eles tinham em mente a sede própria do Sport. Mas, queriam um terreno amplo, capaz de abrigar a sede e o campo de jogo. Claro que isso custava muito dinheiro, mesmo naquele tempo, meados dos anos 30. O grupo não se rendeu. Quando se instalou aqui a Companhia de Construções Residenciais do Rio Grande do Sul, a "Casa Própria", Cribari acertou um contrato de cem contos. Mas era preciso uma entrada de 25 contos. O grupo vendeu troféus, medalhas, fez festas e pediu aos mais ricos. Juntaram o dinheiro e assinaram os papéis. Um ano depois, o Sport estava creditado em 50 contos.

Um dia, já no fim de 1935, Renato Silveira, que era gerente do Banco de Crédito Real de Pernambuco, avisou que uma chácara, excelente, com 14 hectares, na freguesia de Afogados, Ilha do Retiro, nº 56, estava nas mãos dele. A viúva de Manuel Amaral não tinha como pagar as dívidas ao banco e entregaria a propriedade para quitar os débitos. Renato garantiu que a repassava ao Sport pelo mesmo valor da dívida, ou seja, 53 contos de réis. E assim, comprou-se a Ilha do Retiro, que mesmo naquela época já foi considerado um excelente negócio. Os documentos foram assinados por Luiz José da Silva Guimarães Júnior, em nome do Sport, e Arnaldo Olinto, em nome do banco. Houve ainda outras despesas, mas tudo se arranjou e os papéis assinados no cartório de Henrique Cavalcanti, hoje Arnaldo Maciel, no dia 3 de março de 1936. O terreno tinha um enorme sobrado em bom estado de conservação, foi a primeira sede própria. Agora, só faltava o campo.
As obras do futuro estádio Adelmar da Costa Carvalho caminharam aceleradas, desde que a Ilha foi comprada. Em primeiro lugar, fez-se uma quadra de basquete, que já não existe, mas ficava ali onde hoje estão as arquibancadas, do lado oposto às sociais. Depois, já em março de 1937, o Sport inaugurou sua quadra de tênis, moderna para a época, bem iluminada. A festa de inauguração contou com a presença do governador Carlos de Lima Cavalcanti.

Neste mesmo período, cuidava-se da construção do campo de futebol. O gramado era separado do público por 225 placas de cimento pré-moldado, com o escudo do clube, a cores, nas duas faces. A torcida assistia aos jogos das placas para trás, elas serviam como uma cerca bem alinhada, até bonita, pois não existia ainda o alambrado. Era comum que se levassem cadeiras ou bancos para conseguir melhor visão.

A construção da arquibancada, que completaria o sonho do estádio, já estava em marcha. Os arquitetos Hugo de Azevedo Marques e Palumbo, já haviam apresentado um esboço. O problema de financiamento também estava solucionado. O Sport solicitara um empréstimo de 200 contos a ser feito na Caixa Econômica.

Afinal, na tarde de 4 de julho de 1937, com uma partida emocionante, entre Sport e Santa Cruz, o estádio da Ilha do Retiro foi inaugurado. Uma multidão se fez presente e vibrou com uma verdadeira chuva de gols. O Sport venceu por 6 x 5. A fera do jogo foi Artur Danzi, que marcou quatro dos seis gols do Sport. Djalma fez um e Haroldo Praça fez o último, de cabeça. Haroldo, quando deixou o futebol, tornou-se um dos mais famosos jornalistas desportivos de Pernambuco e hoje, continua servindo ao seu clube de coração, trabalhando na sede, supervisionando inclusive o museu.
O primeiro jogo oficial ocorrera uma semana depois, 11 de julho, pelo campeonato pernambucano, no empate por 2 gols com a equipe do Tramways.
A Ilha do Retiro viria a se tornar palco de uma partida pela Copa do Mundo de 1950: Chile 5 x 2 Estados Unidos, válida pela primeira fase. Anos depois, o estádio passou a se chamar Adelmar Costa Carvalho, em homenagem ao presidente campeão de 1955 e 1956.